Objectivo. Estudo retrospectivo dos doentes atendidos na nossa unidade de Neonatologia, no período de 1992-1998, com convulsões neonatais antes dos 30 dias. Doentes e métodos. 77 doentes (63,6% de sexo masculino), idade gestacional média 36,42 semanas, peso médio de nascimento 2.653 g. Teste de Apgar aos 5 minutos inferior a 4 em quatro casos.
Resultados Em 35 doentes (47,3%) a primeira crise manifestou-se nas primeiras 48 horas de vida, sete doentes apresentaram estado de mal convulsivo. Descreveu-se um único tipo de crises em 49 recém-nascidos (65,3%), especialmente tónicas, e clónicas (multifocais e focais). Ecografia craniana transfontanelar anormal em 33 casos, TAC e RM alteradas em 24, EEC patológico em 55. Iniciou-se tratamento com fenobarbital em 81,8%, metade necessitou de uma alteração terapêutica; 34 doentes (55,7%) prosseguiram tratamento anticonvulsivante após a alta. Diagnóstico de encefalopatia hipoxico-isquémica (39%), embora com menor incidência em relação a séries prévias, hemorragia intracraniana (13%), e malformações do sistema nervoso central (9%). 16 doentes faleceram, 35 manifestaram sequelas (45.4%): envolvimento cognitivo em 24, epilepsia em 19, envolvimento motor em 12. Conclusão. Observa-se pior evolução em malformações do sistema nervoso central, meningite, hemorragias inttracranianas, doenças metabólicas e encefalopatia hipoxo-isquémica, enquanto que nas hipoglicémias e nas convulsões neonatais idiopáticas benignas o prognóstico é mais favorável.
Palabras claveConvulsões neonataisEtiologiaPrognósticoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTécnicas exploratorias
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