Revisión

Manifestações epilépticas da hipóxia-isquémia neonatal

M. Rufo-Campos DOI: https://doi.org/10.33588/rn.28S1.98379 OPEN ACCESS
Volumen 28 | Número S1 | Nº de lecturas del artículo 9.649 | Nº de descargas del PDF 393 | Fecha de publicación del artículo 16/06/1999
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. As convulsões neonatais costumam ter um carácter sintomático e a lesão cerebral hipóxico-isquémica (H­I) é a sua etiologia principal. A alta incidência das manifestações críticas e suas graves sequelas levaram-nos a realizar um estudo retrospectivo. Doentes e métodos. Recolheram-se 54 histórias de H-I neonatal e crises epilépticas. Analisaram-se 45 variáveis e avaliou-se a concordância diagnóstica.

Resultados Em 20 crianças detectou-se a presença de mecónio durante a gestação e, em menor quantidade, infecções e hemorragias. O parto foi distócico em 48 ocasiões, com 37 termos e 12 pré-termos. A maioria dos pesos (27) foi adequado à IG. Os valores do teste de Apgar estiveram sempre inferiores a 5. As crises, ocasionais ou diárias na sua maioria, tinham uma semiologia subtil em 29 crianças, seguindo-lhes as tónicas generalizadas (23), clónicas focais (13), clónicas generalizadas (11), clónica multifocal (7), tónicas focais e mioclónica multifocal (6), mioclónica focal (4) e mioclónica generalizada (2). Realizaram-se apenas 7 EEG críticos (1 normal, 3 com alterações e 3 com actividade de base lenta). Dos EEG inter-críticos, apenas em 10 se encontraram alterações paroxísticas. A ecografia cerebral foi o método mais utilizado e útil. Com grande frequência, encontraram-se alterações de outros órgãos como expressão de uma alteração multissistémica. A maioria das crianças apresentou um exame neurológico anormal. Utilizaram-se na sua maioria FAE clássicos por via ev, e de nova geração quando persistiam crises. Após uma média de 16,19 meses de seguimento, 13 crianças tinham falecido e 34 estavam sem crises. No entanto, das crianças sobreviventes, apenas 20 foram consideradas normais, 14 tinham um atraso profundo, 6 de tipo médio e 1 tinha um atraso ligeiro. Conclusões. A H-I neonatal é a principal causa de crises epilépticas no período de RN, com uma alta percentagem de morte e sequelas neurológicas graves. As crises costumam ser adequadamente controladas com FAE clássicos, e são um excelente marcador, junto ao teste de Apgar, às alterações gestacionais e da placenta. O facto de existirem EEG normais nos períodos críticos deve fazer-nos duvidar da autenticidade das crises subtis, complementado com a boa resposta terapêutica
CategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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