Introdução. Diferentes factores podem contribuir para a deterioração cognitiva na epilepsia temporal parcial, e entre eles existe uma certa controvérsia sobre o factor que exerce maior influência. Doentes e métodos. Neste estudo estabelecemos uma comparação entre doentes com epilepsia temporal parcial controlados farmacologicamente e doentes refractários ao tratamento farmacológico, com o objectivo de conhecer a influência de diferentes factores na lesão cognitiva.
Resultados Os indivíduos controlados farmacologicamente apresentaram o melhor rendimento, em tarefas de memória e inteligência, em comparação com os indivíduos refractários ao tratamento. Estes últimos mostram alterações da memória declarativa de tipo episódico para material verbal (esquerdos) ou para material visuoespacial (dextros) em tarefas de recordação livre diferida. Por outro lado, a maior percentagem de epilepsias sintomáticas dentro do grupo refractário a fármacos influenciou a sua maior deterioração cognitiva. Conclusões. Os nossos resultados indicam que sofrer de epilepsia durante um período prolongado, com uma alta frequência de crises, e sofrer de epilepsia sintomática correlaciona-se com alterações cognitivas das funções mnésicas na epilepsia temporal parcial. O perfil de maior deterioração seria o de um doente com epilepsia temporal mesial esquerda sintomática, refractária a fármacos e de longa duração
Palabras claveCirurgia da epilepsiaEpilepsia temporal parcialMemóriaNeuropsicologiaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropsicología
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